PHD da Petrobras é uma das seis homenageadas pelo prêmio Mulheres Latino-Americanas em Química

Postado em 25/11/2022

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A doutora (PHD) em engenharia Metalúrgica e de Materiais, Márcia Khalil Oliveira, está entre as seis pesquisadoras homenageadas na segunda edição do Prêmio Mulheres Latino-Americanas na Química. O reconhecimento é uma iniciativa conjunta da Sociedade Americana de Química (ACS), Federação Latino-Americana de Associações Químicas (FLAQ) e a Associação Brasileira de Química (ABQ). O objetivo é promover a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática na América Latina e contribuir para uma perspectiva mais avançada sobre a pesquisa científica e a área de química.
 
Inquieta, talvez seja a melhor palavra para definir Márcia. Com 18 patentes registradas, co-autoria em livros e na redação de mais de 50 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, ela trabalha no Centro de Pesquisa Desenvolvimento e Inovação da Petrobras, o Cenpes. Sua especialidade são as tecnologias que garantam o escoamento dos poços produtores de petróleo. “Coordeno projetos na área de escoamento de petróleo e emulsão, assistências técnicas para as áreas de negócio e o projeto de solução digital da área de garantia de escoamento”, conta. O projeto, uma patente recém depositada, é um software que foi desenvolvido para monitorar ocorrências durante a produção de petróleo e gás.  Os trabalhos visam garantir o escoamento do petróleo de forma plena e controlada do poço até a plataforma, reduzindo perdas de produção o que se reflete em ganhos para o negócio.
 
Amante de dança, ginástica e esportes como vôlei de praia, por pouco Márcia não seguiu outra carreira. Pensou em fazer Educação Física mas ao visitar o Cenpes, pode-se dizer que, literalmente, “rolou uma química”. Impressionada, ela nunca mais saiu de lá. São 26 anos de Petrobras, somando-se o período como estagiária e as pós-graduações na UFRJ. “fui fazer o mestrado e o doutorado e consegui uma bolsa no Cenpes, assim, desenvolvi minhas dissertações em temas ligados às atividades da Petrobras”, lembra. Algum tempo depois ela fez concurso e entrou, definitivamente, na empresa.
 
“Iniciei em atividades relacionadas ao tratamento da água produzida, depois de tratamento de petróleo e, posteriormente, fui para área de garantia de escoamento, onde estou até hoje. Nesta trajetória coordenei projetos de pesquisa, serviços técnicos para as áreas de negócios e uma equipe de técnicos químicos. Produzi bastante”, avalia.
 
Márcia é a prova que a Petrobras tem mesmo o DNA da inovação. Quem a conduziu na visita ao Cenpes e a levou a escolher outra carreira foi o tio, Carlos Khalil, químico também. Criativo, ele era conhecido na família e na Petrobras, onde trabalhou por 30 anos, como professor Pardal, o célebre inventor das histórias em quadrinhos. “Meu tio me mostrou experiências no laboratório e a grandiosidade da área de petróleo, fui atraída para o setor”, afirma.
 
A organização do prêmio, que está na segunda edição, não apresenta o motivo da escolha para as homenageadas. Assim, Márcia, que também dá aulas na Universidade Petrobras, credita a homenagem à sua trajetória. “A Petrobras é a minha vida, a única empresa em que trabalhei. Fico muito orgulhosa em receber este prêmio que representa um reconhecimento da minha dedicação à pesquisa, desenvolvimento e inovação. Ele me motiva ainda mais a contribuir com a sociedade, com a pesquisa, na orientação de alunos e no compartilhamento de conhecimento”, conclui.
 
Em 2020, outra pesquisadora da Petrobras, Sonia Menezes, recebeu o Prêmio Mulheres Brasileiras na Química, que também é oferecido pela Sociedade Americana de Química.
 
Reconhecidas
 
Além de Marcia Khalil, receberam menção honrosa a brasileira Ana Paula de Carvalho Teixeira (Universidade Federal de Minas Gerais), e a mexicana Lena Ruiz Azuara (Universidade Nacional Autônoma do México).

Há também três outras categorias no prêmio. As vencedoras são a brasileira Juliana Pereira dos Santos, da empresa Oxiteno, “Líder na indústria”; a colombiana Elena Stashenko, da Universidade Industrial de Santander; “Líder acadêmica” e a mexicana Monica Lizeth Chavez Gonzalez, da Universidade Autônoma de Coahuila (México), “Líder emergente”.

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