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Petrobras produz SAF com conteúdo renovável na Revap
Teste realizado na refinaria é marco para a produção de combustível que reduz emissões do setor aéreo
Ehder de Souza/Agência Petrobras

Teste foi realizado na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP)
Download Teste foi realizado na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP)Na primeira semana de setembro, a Refinaria Henrique Lage (Revap) da Petrobras, em São José dos Campos (SP), realizou testes para a produção de SAF a partir do coprocessamento de óleo vegetal em mistura com correntes tradicionais de petróleo.
O combustível sustentável de aviação, também conhecido como SAF (Sustainable Aviation Fuel), pode substituir diretamente o querosene convencional sem necessidade de modificações nas aeronaves ou na infraestrutura de abastecimento. Isso o torna uma solução prática e imediata para reduzir as emissões do setor aéreo.
Durante o teste na Revap, foi misturado óleo vegetal ao processo tradicional de produção do querosene de aviação (QAV). O teor de óleo vegetal no produto atingiu o patamar de até 1,2%, um marco fundamental na produção de combustíveis mais sustentáveis para a aviação. De acordo com o gerente geral da Revap, Alexandre Coelho Cavalcanti, “trata-se de uma abordagem de menor investimento para a produção de combustíveis com conteúdo renovável, pois utiliza os ativos existentes", avalia.
A consolidação da rota tecnológica de produção de SAF por coprocessamento é especialmente relevante para o mercado, considerando as futuras exigências do setor. A partir de 2027, as companhias aéreas no Brasil deverão começar a usar, obrigatoriamente, esse tipo de combustível, com base na Lei do Combustível do Futuro e da fase obrigatória do CORSIA, que é o programa da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) para redução e compensação de emissões de CO2 provenientes dos voos internacionais.
Compromisso com a transição energética justa no setor
Segundo o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, o avanço representa um marco tecnológico para a Petrobras e um passo importante para o Brasil no cenário global de combate às mudanças climáticas. “A iniciativa demonstra o compromisso da Petrobras com a inovação e a sustentabilidade, preparando-se para atender às demandas futuras de um setor aéreo mais sustentável”, disse o diretor.
Recentemente, a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, obteve a autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF. A previsão é que, a partir dos próximos meses, a refinaria inicie a produção para comercializar.
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