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Petrobras investe no uso de nuvem para agilizar a implantação de tecnologias
Valor previsto para este ano é de R$ 172 milhões e deve aumentar em 2023
A Petrobras segue uma tendência mundial e investe no uso de computação em nuvem para acelerar a implantação de tecnologias como terminais virtuais, plataformas de dados e recursos de machine learning. O valor previsto para 2023 é de R$240 milhões, superando os R$172 milhões investidos no ano passado. A empresa criou, há um ano, um Centro de Competência de Computação em Nuvem (CCC), que já entregou mais de 80 soluções e viabilizou a atualização do sistema de gestão que interliga milhares de processos da empresa. O centro contribui para habilitar tecnologias para a transformação digital dos negócios e, assim, ampliar a eficiência operacional e a competividade da Petrobras.
Especialistas preveem um crescimento do uso de nuvem. De acordo com a consultoria Gartner, até 2025, pelo menos 95% das novas cargas de trabalho digitais serão implantadas em plataformas nativas de nuvem. Em 2021, esse índice era de 30% e o crescimento deve-se às vantagens oferecidas pela plataforma como flexibilidade, agilidade e economia na implantação de tecnologias. Nessa jornada, a Petrobras tem como parceiros a Microsoft e a Amazon Web Services (AWS).
Para a Petrobras, o uso de nuvem tem diversas vantagens:
- Agilidade: a nuvem oferece acesso fácil a inúmeras tecnologias e recursos conforme a necessidade de serviços como computação, armazenamento e bancos de dados até Internet das Coisas (Internet of Things – IoT), machine learning e análises de dados, entre outras.
- Velocidade: a nuvem permite a rápida implantação de infraestrutura, em escala global. Ou seja, as empresas podem expandir atividades para novas áreas. Ao mesmo tempo, aproximar os aplicativos dos usuários finais diminui o tempo para a troca de dados entre dispositivos (latência), melhorando a experiência de quem utiliza.
- Economia: Nos processos em que o uso de nuvem é viável, há economia de custos porque, ao proporcionar recursos computacionais sob demanda, a empresa paga apenas pela capacidade consumida.
- Elasticidade e economicidade: com a computação em nuvem, não é preciso provisionar capacidade adicional para atender possíveis picos de demandas no futuro. É possível dimensionar a quantidade de recursos realmente necessária, e então aumentar ou diminuir, instantaneamente, a escala dos recursos de acordo com a demanda.
A elasticidade da nuvem também permite a adequação a diferentes projetos: “Quanto mais uma solução depende de tecnologias de ponta, como inteligência artificial e machine learning, mais vantagens ela terá pelo desenvolvimento em nuvem, uma vez que esse é o ambiente onde as novas tecnologias são implementadas primeiro e evoluem com maior agilidade”, explica o gerente executivo de TIC da companhia, Marcelo Carreras.
Nuvem & CPDs
A proporção de uso de nuvem e dos Centros de Processamento de Dados (CPDs) próprios pode variar de acordo com as características de cada negócio e estratégia das empresas. As fortemente baseadas em tecnologia, como bancos digitais, marketplaces de comércio eletrônico, streaming de filmes e músicas, dentre outras, normalmente já nascem na nuvem e têm ali 100% de sua capacidade computacional. Por outro lado, empresas, como a Petrobras, que já possuíam datacenters próprios antes da oferta de nuvens públicas, realizam jornadas de migração, mantendo workloads (cargas de trabalho) específicas, normalmente com aplicações características do seu negócio, para os quais a nuvem não ofereça as melhores soluções, e com custos adequados.
“A Petrobras já começou o uso da nuvem para soluções de TIC corporativas, aplicações contábeis, de RH etc., com o objetivo de manter nos datacenters próprios as aplicações científicas, como é o caso da Computação de Alto Desempenho (High Performance Computing – HPC), que processa dados para as atividades de exploração e produção, revela Carreras.
Para ele, a atualização do novo sistema de gestão SAP, concluída pela Petrobras em 2022, é um exemplo das potencialidades da nuvem. “Depois de dois anos de muito trabalho, com uma pandemia no meio, realizamos a migração do nosso sistema integrado de gestão, o SAP, para uma versão mais moderna, totalmente na nuvem. Esse sistema envolve grande parte das aplicações que fazem parte do nosso dia a dia e foi a maior migração do gênero feita na América Latina e uma das maiores no mundo. O projeto seguiu as previsões de prazo e custo, com ganhos de agilidade e eficiência”, analisa.
Desde sua implantação o SAP S/4HANA vem processando pagamentos nacionais e internacionais da ordem de R$ 5 bilhões/dia, recebeu mais de 72 mil propostas de fornecedores nos seus processos de contratação e tem emitido cerca de 5 mil notas fiscais por dia. A previsão é que essas mudanças de sistema tragam ganhos de produtividade para companhia, com um retorno esperado de mais de US$ 190 milhões até 2025.
Provedores
Para ter acesso à nuvem, a Petrobras, utiliza uma abordagem multi-cloud, ou seja, mais de um provedor: a Microsoft e AWS. Essa é uma prática comum utilizada por empresas que permite complementar funcionalidades atendidas por um provedor específico. Além disso, a disponibilidade de dois fornecedores funciona como uma redundância, uma garantia, caso haja algum problema com um dos provedores. Ou seja, além dos benefícios técnicos, o uso de uma plataforma multi-cloud, é também uma questão estratégica de negócio.
O modelo de uso da nuvem é definido a partir de rigorosos critérios técnicos e avaliações financeiras, assim como a entrega de demandas para os diferentes provedores. Essa política fornece aos times usuários da nuvem um fluxo de decisão que orienta a escolha do ambiente de nuvem para determinado trabalho. A padronização confere à área de TIC maior agilidade na oferta de soluções de nuvem, eliminando a necessidade de avaliação e escolha do provedor a cada nova solicitação.
“A Petrobras adota as melhores práticas do mercado e das tecnologias para inovação e modernização do ambiente na empresa. A nuvem soma, amplia as possibilidades e ajuda a priorizar o melhor retorno. Trata-se de um movimento estruturado, aderente à nossa estratégia de TIC”, afirma Carreras.
Ele lembra que a trajetória da empresa é marcada por investimento constante em tecnologia e inovação. “É assim que a Petrobras supera a barreira do conhecimento, viabiliza novos negócios e contribui positivamente para a sociedade”, conclui.
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