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Petrobras investirá R$500 milhões na compra de cinco supercomputadores
Empresa, líder em capacidade computacional na América Latina, substituirá máquinas para manter competividade
Felipe Gaspar / Agência Petrobras
Os novos HPCs aumentarão a capacidade computacional da Petrobras em 60%. Na foto, o Pégaso, o maior da América Latina
Download Os novos HPCs aumentarão a capacidade computacional da Petrobras em 60%. Na foto, o Pégaso, o maior da América LatinaCampeã da América Latina, nos últimos quatro anos, do ranking Top500.org, que avalia os maiores High Performance Computer (HPCs) do mundo, a Petrobras irá “turbinar” o parque tecnológico com a aquisição de cinco novos supercomputadores com investimento total de R$ 500 milhões. Uma das máquinas, com capacidade de processamento equivalente a cerca de 10 milhões de celulares e 200 mil notebooks, custará R$435 milhões. Com a aquisição a companhia prevê manter a liderança não só em capacidade computacional como em ecoeficiência. As máquinas começarão a ser montadas este ano e entrarão em operação em 2025.
“A aquisição de novos supercomputadores tem enorme importância estratégica para a Petrobras, pois mantém a empresa na vanguarda tecnológica do setor de óleo e gás, em relação ao imageamento sísmico em subsuperfície. Com essa atualização, poderemos expandir a realização de projetos de processamento sísmico com tecnologias em estado-da-arte”, avalia Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras.
O novo HPC será utilizado pelos geofísicos da Petrobras para processar dados sísmicos brutos e transformá-los em imagens detalhadas do subsolo. É como criar um mapa 3D das camadas rochosas abaixo da superfície com imagens muito mais nítidas e precisas das estruturas geológicas, essenciais para identificar possíveis reservatórios de petróleo e gás.
Segundo Sylvia, a renovação e ampliação da capacidade de processamento de dados geofísicos e geológicos trará resultados mais rápidos e precisos para os desafios de operação em águas ultra profundas e novas áreas exploratórias, como o pré-sal e a Margem Equatorial.
“Com imagens mais detalhadas da subsuperfície podemos identificar com maior precisão áreas potenciais, reduzir risco exploratório, refinar a simulação do comportamento dos reservatórios, possibilitando uma produção mais eficiente. Manter-se entre as maiores capacidades computacionais da indústria permite à Petrobras competir globalmente, atrair parcerias e oportunidades de negócios”, acrescenta Clarice Coppetti, diretora de Assuntos Corporativos.
Gigante e ecoeficiente
A renovação dos supercomputadores faz parte da estratégia da empresa para manter o parque tecnológico atualizado, cujos investimentos estão previstos no Plano Estratégico 2024-28. O HPC gigante pesará cerca de 50 toneladas, com comprimento de 50 metros, considerando-se todas as partes em linha reta. O supercomputador terá cerca de 73 PFlops. Um Petaflop (PFlop) equivale a 1 quatrilhão de Flops, ou operações por segundo, na sigla em inglês. Quando a instalação estiver completa, ele substituirá, sozinho, os HPCs Fênix, Atlas e Dragão, que serão desligados.
O novo e maior supercomputador deverá ser o mais ecoeficiente da América Latina, com enorme poder de processamento em relação à energia consumida. Houve atenção à sustentabilidade, desde o desenho inicial do supercomputador, e às escolhas das tecnologias mais eficientes. A preocupação com o uso de energia guiou também o projeto da sala onde a máquina será instalada, projetada especificamente para permitir a operação com o menor consumo energético.
Os cinco novos supercomputadores foram comprados da Lenovo, empresa vencedora da licitação.
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