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Pesquisadora da Petrobras vence 6º Prêmio Mulheres Brasileiras na Química
Aline Machado de Castro é a vencedora na categoria Líder na Indústria na premiação oferecida pela Sociedade Americana de Química e pela Sociedade Brasileira de Química
Foto: Rodrigo Barbosa
Pesquisadora da Petrobras vence 6º Prêmio Mulheres Brasileiras na Química
Download Pesquisadora da Petrobras vence 6º Prêmio Mulheres Brasileiras na QuímicaA engenheira química Aline Machado de Castro, da Petrobras, é a vencedora do 6º Prêmio Mulheres Brasileiras na Química. A premiação destaca a participação feminina e a diversidade na ciência, é oferecida pela Sociedade Americana de Química (ACS, sigla em inglês) e pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), com apoio da ACS Publications, da CAS (uma divisão da ACS) e de instituições científicas brasileiras. Há 16 anos atuando no Centro de Pesquisa e Inovação da Petrobras (Cenpes), Aline é autora de mais de 100 artigos em revistas científicas e registrou 24 famílias de patentes ao longo de sua carreira.
Profissional sênior e consultora da Petrobras, a engenheira venceu na categoria Líder na Indústria. “É um reconhecimento que me alegra, por se tratar de um prêmio baseado nas contribuições de pesquisadoras para a ciência e a tecnologia do país. Fico muito honrada por suceder a querida amiga Sônia Cabral como recebedora do prêmio pela companhia, pois é uma mulher de garra e uma profissional que admiro muito”, ressaltou Aline.
Este é o segundo Prêmio Mulheres Brasileiras na Química conquistado por uma pesquisadora da Petrobras. Em 2020, Sônia Maria Cabral de Menezes também venceu na categoria Líder na Indústria.
Aline ressaltou a importância do reconhecimento das mulheres na Ciência. “Penso serem importantes premiações que destaquem a participação feminina na ciência. Ainda temos números muito desiguais em relação ao reconhecimento da contribuição de mulheres na área e premiações como essa incentivam mais mulheres a seguirem a carreira científica no país”, disse.
Atuação em processos sustentáveis para a indústria
Aline Machado de Castro é bacharel em engenharia química, mestre em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos e doutora em Engenharia Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Sua carreira como pesquisadora é baseada no desenvolvimento de processos sustentáveis para a indústria, incluindo rotas para biorrefinarias, reciclagem de plásticos e captura e conversão de CO2. Além de atuar como profissional sênior e consultora da Petrobras, a pesquisadora é autora de livros infantis sobre educação ambiental e colabora com escolas e ONGs em projetos sociais de divulgação científica.
“Cheguei ao Cenpes em 2007, sendo integrada a projetos sobre produção de bioprodutos, como o etanol. Eu já vinha trabalhando com esse tema no doutorado, que eu cursava na Coppe/UFRJ naquela época, e foi muito bom poder conciliar a especialização acadêmica aos trabalhos da empresa. Depois, expandimos o portfólio de bioprodutos, incluindo monômeros para a petroquímica e, como uma evolução natural do trabalho, alguns anos depois iniciamos uma linha de despolimerização de PET usando enzimas (proteínas com propriedades de catalisadores), que foi pioneira no país e uma das mais avançadas no mundo, trazendo outras premiações, como o Reconhecimento de alto elogio da Institution of Chemical Engineers (instituição do Reino Unido) em 2015, o Prêmio ANP de tecnologia em 2019 e o Prêmio Kurt Politzer da Abiquim em 2020”, explicou a pesquisadora.
“Nesse meio tempo, estive como pesquisadora em pós-doutorado em universidades em Portugal e na Dinamarca, aprendendo tecnologias para captura e conversão de CO2, me capacitando para atuar em projetos relacionados à transição energética da empresa. Hoje o foco de meu trabalho tem sido essa última área”, acrescentou Aline.
Também foram premiadas Evelin Andrade Manoel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na categoria Líder Acadêmica; e Joyce Kelly Rosário da Silva, da Universidade Federal do Pará (UFPA), na categoria Líder Emergente. Pela primeira vez desde a criação do prêmio, foram aceitas inscrições de mulheres transgênero e pessoas não-binárias. A premiação aconteceu durante a 46ª Reunião Anual da SBQ, em Águas de Lindoia (SP).
“Mais uma vez, temos a honra de premiar três grandes pesquisadoras brasileiras que se destacam pelo seu trabalho e valorizam a presença cada vez maior das mulheres na ciência, não só no Brasil mas em todo o mundo”, afirma Denise Ferreira, gerente nacional do CAS no país. “Espero ainda que este prêmio possa servir de incentivo e inspiração a novas cientistas no país, como forma de estimular o avanço das pesquisas e da participação feminina.”
Sobre a American Chemical Society:
A American Chemical Society é uma organização sem fins lucrativos registrada pelo Congresso dos Estados Unidos. Com mais de 150 mil membros, a ACS é a maior sociedade científica do mundo e uma das principais fontes de informação científica autorizada. Para obter mais informações, visite acs.org
Sobre a Sociedade Brasileira de Química:
A Sociedade Brasileira de Química (SBQ) foi fundada em 1977 com o objetivo promover o desenvolvimento e a disseminação do conhecimento em química no Brasil. Para obter mais informações, visite sbq.org.br.
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