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OTC Brasil premia Petrobras por solução tecnológica inédita na indústria offshore
Solução pioneira reduz custos e impactos ambientais em atividades de construção e intervenção de poços na Bacia de Campos
Foto: Maurício Bazílio / Agência Petrobras
Cerimônia de premiação da OTC
Download Cerimônia de premiação da OTCA Petrobras recebeu, nesta quinta-feira (26/10), o prêmio da edição brasileira da OTC (Offshore Techology Conference), principal conferência de petróleo e gás da indústria offshore, entregue ao diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da companhia, Carlos Travassos, durante a cerimônia de encerramento do evento, no Rio de Janeiro. A premiação reconheceu a Petrobras pelo desenvolvimento de uma solução tecnológica inédita que permite reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência operacional, utilizada com sucesso em operações de construção e intervenção em poços em águas rasas na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro.
A Petrobras já recebeu duas vezes a versão brasileira do prêmio OTC – e quatro vezes a versão internacional. “É com muito orgulho que recebemos esse prêmio no ano em que a empresa completa 70 anos de história. É mais um reconhecimento à competência e dedicação do nosso corpo técnico, sempre incansável em superar desafios e propor soluções pioneiras. Ao longo das últimas décadas, a Petrobras moldou sua evolução à base de muito investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação, sempre em parceria com universidades, instituições de pesquisa, startups e fornecedores de nível mundial. O prêmio OTC reafirma nossa liderança global no desenvolvimento de tecnologias de última geração para os cenários offshore e nos motiva a continuar desenvolvendo inovações disruptivas, sempre pautados pelos mais rigorosos padrões ambientais e de segurança”, disse o diretor Travassos.
Redução de custos e de emissões de CO2
Para desenvolver a nova solução, a Petrobras utilizou uma combinação inédita: a tecnologia de ancoragem de BOP (Blowout Preventer – equipamento de segurança que controla a pressão do poço) com a análise de riser (coluna de interligação da sonda ao poço) em tempo real, trazendo como principal ganho a possibilidade de uso de sondas mais modernas de posicionamento dinâmico em substituição às sondas ancoradas.
O novo método reduz em sete dias a duração das intervenções em poços de águas rasas, proporcionando diminuição de custos e redução média de 10% em emissões de gases de efeito estufa. Além disso, reduz em 99% o impacto da ancoragem no fundo do mar – quando comparado com a utilização de uma sonda convencional —, diminuindo na mesma proporção a área impactada no leito marinho. Com isso, a nova solução torna viáveis operações em áreas congestionadas ou ambientalmente sensíveis.
Legado para a indústria offshore
Além disso, a nova solução possibilitou que sondas que atuam em lâminas d´água profundas também operem em locações de águas rasas – sendo adaptadas com o BOP ancorado para essa finalidade. Graças a esse método, a Petrobras realizou a primeira ancoragem de BOP em águas rasas do mundo, dispensando embarcações de ancoragem, reduzindo custos e permitindo a operação de poços com dificuldade de acesso – um verdadeiro legado para a indústria mundial.
Outra vantagem da tecnologia é o aumento expressivo na segurança das operações. A Petrobras prevê utilizar essa nova solução em projetos futuros de revitalização de campos maduros, atendendo às demandas ambientais pela operação de poços com menor impacto possível.
Histórico de prêmios OTC
A OTC é considerada a entidade mais relevante da indústria offshore – e a Petrobras vai receber a versão brasileira do prêmio pela segunda vez. O primeiro prêmio foi entregue em 2019, em reconhecimento ao conjunto de tecnologias desenvolvidas pela companhia para desenvolver a produção do bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.
Além disso, a Petrobras já recebeu outros quatro prêmios OTC em sua versão internacional: em 1992 (pelas inovações desenvolvidas para o campo de Marlim, na Bacia de Campos); em 2001 (pelas tecnologias empregadas em Roncador, também naquela bacia); em 2015 (pelo conjunto de soluções de última geração empregadas para viabilizar o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos) e finalmente em 2020 (pelos métodos inéditos concebidos para impulsionar a produção do campo de Búzios, no pré-sal, o maior do mundo em águas ultraprofundas).
Graças à evolução tecnológica experimentada pela Petrobras, reconhecida pelos sucessivos prêmios da OTC, a companhia consolidou, ao longo das últimas décadas, sua liderança mundial na produção em águas profundas e ultraprofundas.
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