Transição Energética é foco da participação da Petrobras no terceiro dia na OTC

Companhia reduziu pela metade suas emissões por barril de petróleo produzido e apresenta novas tecnologias para avançar em descarbonização

Postado em 04/05/2023

Texto copiado!

O que a Petrobras já alcançou na descarbonização de suas operações e como a companhia se prepara tecnologicamente para atuar na economia de baixo carbono foram os temas das apresentações do diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, e da gerente executiva do Centro de Pesquisas e Inovação da Petrobras (Cenpes), Maíza Goulart, nesta quarta-feira (3/5), durante eventos na Câmara de Comércio Brazil-Texas (Bratecc) a na Offshore Technology Conference (OTC), em Houston.
 
Tolmasquim mostrou como a Petrobras se tornou uma das empresas com menor emissão de gases do efeito estufa no mundo ao reduzir em 39% suas emissões absolutas entre 2015 e 2022. Destacou também os resultados de descarbonização da companhia no segmento de exploração e produção (E&P):
- A intensidade das emissões no segmento de E&P da Petrobras caiu pela metade entre 2009 e 2022;
- Os campos de Búzios e Tupi, no pré-sal, respondem por metade da produção da Petrobras e operam entre os mais descarbonizados do mundo, com cerca de 9 kgCO2e/boe, enquanto a média mundial é de 17,6 kgCO2e/boe.
- As emissões absolutas de metano caíram 55% entre 2015 e 2022.
 
Além disso, nesta última década, as energias renováveis se tornaram mais competitivas. Estudos da Lazard e da IHS Global Scenarios demostram que, entre 2009 e 2021, o custo da energia solar caiu 90% e o da eólica onshore caiu mais de 70%. Neste período, a capacidade gerada pela energia solar subiu de 21 GW para 837 GW e da eólica onshore, de 147 GW para 762 GW no mundo.
 
São dois movimentos importantes para o mundo alcançar emissões neutras em 2050. “A resiliência da produção de petróleo com baixo custo e baixas emissões vai assegurar os recursos necessários para a transição energética justa e sustentável. Estamos atentos à diversificação do portfólio e preparando a empresa para o futuro”, destacou Tolmasquim.

Novas tecnologias para redução de emissões

A Petrobras desenvolveu uma tecnologia inédita na indústria mundial de petróleo e gás, capaz de remover o gás de alto teor de CO2 ainda no fundo do mar: é o chamado Hi-SEP. Desenvolvida e patenteada pela Petrobras, essa solução vai separar o gás rico em CO2 do petróleo, ainda no leito marinho, e reinjetar esse gás no reservatório, evitando sua emissão para a atmosfera e aumentando a eficiência do projeto. O campo de Mero 3 – localizado no bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, Sudeste do Brasil – será o primeiro a utilizar a nova tecnologia.
 
“Essa inovação tem ainda potencial para reduzir a planta de processamento de gás da superfície, reduzindo o CAPEX (custos iniciais) e o OPEX (custos contínuos) do projeto, bem como a complexidade geral do FPSO. Sem dúvida, representará um divisor de águas para a indústria de O&G orientada para um futuro de baixo carbono”, disse a gerente executiva do Cenpes, Maíza Goulart.
 
Além do Hi-SEP, Maiza apresentou outra tecnologia de baixo carbono em desenvolvimento pela Petrobras: o “All Eletric”. A inovação se baseia na eletrificação de todos os sistemas de processamento nas novas instalações de superfície das plataformas de produção. O objetivo é aumentar a eficiência energética e a confiabilidade do FPSO, com redução líquida de emissões de CO2 em até 20%. Considerando outras tecnologias de descarbonização previstas nos novos projetos de plataformas, a redução das emissões pode chegar a 30%.
 
A configuração “All Eletric” será implantada pela primeira vez nas plataformas P-84 e P-85, que serão instaladas nos campos de Atapu e Sépia, respectivamente, em águas ultraprofundas da Bacia de Santos.
 
“Essas tecnologias geram alto impacto positivo em nosso desempenho, otimizando a produção, melhorando os resultados econômicos dos campos, enquanto reduzem a pegada de carbono desses projetos. Sabemos que temos que continuar resilientes na longa jornada para alcançar a neutralidade nas emissões de gases de efeito estufa até 2050. Por essa razão, temos investido em tecnologias, pois elas serão a chave para alcançar as ambições de um mundo de baixo carbono, com custo competitivo para a sociedade”, afirmou Maíza.

Campo de Mero

O campo de Mero é operado pelo Consórcio de Libra e liderado pela Petrobras – com participação de 40% - em parceria com a Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%), e CNOOC Limited (10%). O consórcio tem ainda a participação da companhia estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA), que exerce papel de gestora desse contrato.

 

Notas

Downloads

Texto desta matéria

Download do texto

Fotos desta matéria

Download das fotos

Vídeos desta matéria





Canais

Idioma

Acessibilidade

Escolha um Canal:

Faça uma busca:

Sugestões de busca

Link do botão
Ícone do botão Exibir mais resultados
Ícone de carregamento

Mais pesquisados

Preço dos combustíveis

Pré-Sal

Time Petrobras

Acessibilidade

Alto-Contraste

Desligado

Ligado

Texto Grande

Desligado

Ligado

Idioma:

Selecione um idioma: