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Prates diz que Brasil tem responsabilidade e dever de liderar a transição energética
Presidente da Petrobras participou do painel COP da Floresta, no Seminário Brasil Hoje, em São Paulo
Divulgação / Esfera Brasil
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participa de painel no Seminário Brasil Hoje, em São Paulo
Download O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, participa de painel no Seminário Brasil Hoje, em São PauloO presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta segunda-feira (22), no Seminário Brasil Hoje, em São Paulo, que o país tem a responsabilidade e o dever de liderar o processo mundial da transição energética. Ao falar sobre o papel e os desafios da companhia, durante o painel “COP da Floresta”, ele lembrou que a Petrobras completou ontem, 21 de abril, 18 anos em autossuficiência em petróleo. “Celebramos ontem a maioridade. Em 21 de abril de 2006, alcançamos a autossuficiência volumétrica, passamos a produzir tanto petróleo quanto consumimos”, afirmou.
Prates destacou que o petróleo brasileiro tem baixa intensidade de carbono e que os campos de Búzios e Tupi, no pré-sal, responsáveis por metade da produção da empresa, operam com 9 kgCO2e/boe. Esses campos estão entre os mais descarbonizados do planeta, bem abaixo da média mundial que é de 17,6 kgCO2e/boe.
Segundo Prates, desde a era Getúlio Vargas um único objetivo permeou os governos, a busca da autossuficiência em petróleo para o Brasil não depender e nem ficar sujeito à volatilidade do preço do “sangue da economia”. “Agora o petróleo está sob ameaça. Temos um novo desafio e, de novo, a Petrobras, empresa do estado brasileiro, vai ser a grande líder desse processo”, ressaltou.
De acordo com Prates, todos os cenários indicam que os hidrocarbonetos estarão presentes na economia do planeta pelo menos ao longo de 40, 50 anos. O Brasil, disse ele, produz cerca de 1 bilhão de barris por ano e a Petrobras bate recordes sucessivos de produção. “Estamos produzindo mais e consumindo mais. Na média, temos 13, 14 anos ainda precisando de petróleo e temos duas opções: ir para novas fronteiras ou voltar a importar petróleo. Pagaremos royalties ao Suriname, Guiana, Angola, Nigéria, Mauritânia”, argumentou.
O presidente da Petrobras afirmou ainda que a companhia mantém há 35 anos a operação de Urucu, na Floresta Amazônia, que gera 25 mil empregos e nunca teve o registro de incidentes ambientais. “Sem nenhum incidente, dentro do coração da Amazônia, escoando óleo todos os dias”, enfatizou.
Segundo Prates, a Petrobras é a única empresa capaz de garantir a máxima responsabilidade para os brasileiros e o mundo, no ponto de vista ambiental, na perfuração de poços na Margem Equatorial. Ele comentou que a companhia tem 92 projetos socioambientais em 507 municípios e 24 estados. “Cento e dezoito mil pessoas participam desses programas ambientais, 57 espécies em extinção são afetadas por isso e temos impacto de preservação em 3% do território nacional”, contou.
No encerramento de sua fala, Prates propôs alternativa para que a geração de recursos financeiros das atividades da Margem Equatorial possa beneficiar a população local. “O dinheiro do petróleo vai financiar conforto, produção energética e bem-estar aos povos dessas regiões”, concluiu.
COP da Floresta
O painel COP da Floresta teve a participação do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates; do governador do Pará, Helder Barbalho; o governador do Amapá, Clécio Luís; A CEO da Sigma Lithium, Ana Cabral; e o diretor de Sustentabilidade da Ambipar, Rafael Tello. A mediação foi da jornalista Thais Herédia. O Seminário Brasil Hoje foi organizado pela Esfera Brasil e realizado no Palácio Tangará, na capital paulista.
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