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Petrobras investe mais de R$ 13 milhões em cinco novos projetos de conservação de florestas no RJ, SP e PR
Iniciativas integram Programa Petrobras Socioambiental, que já contribuiu para a recuperação ou conservação direta de mais de 175 mil hectares de florestas e áreas naturais, equivalente a 175 mil estádios de futebol
A Petrobras está investindo R$ 13,1 milhões em cinco novos projetos ambientais destinados à conservação e restauração de florestas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. As iniciativas resultam da seleção pública do Programa Petrobras Socioambiental promovida pela companhia em 2021 e abrangem os projetos Produtores de Água e Floresta; De Olho nos Rios; Guará Vermelho; Olha o Clima, Litoral e Guapiaçu. Eles se somam a 16 outras iniciativas apoiadas pela Petrobras com a finalidade de conservar florestas e contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Em 2021 os projetos vigentes atuaram na recuperação ou conservação direta de mais de 175 mil hectares de florestas e áreas naturais da Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga e Cerrado, contribuindo para a remoção líquida ou emissões evitadas de cerca de 1,3 milhão de toneladas de CO2 equivalente.
O projeto Produtores de Água e Floresta, realizado pela Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), tem seu foco na conservação da bacia hidrográfica do rio Guandu, que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro. A iniciativa envolverá comunidades rurais e quilombolas no município de Rio Claro (RJ), por meio de treinamentos em produção agropecuária sustentável e restauração florestal para os produtores rurais da região, estimulando boas práticas para conciliar produção agrícola e preservação ambiental.
O projeto também fará ações de recuperação ambiental de 45 hectares de áreas degradadas, com plantio de 31 mil mudas, além de estudos sobre impactos da restauração e conservação promovida em nascentes da região, incluindo estimativas de emissão e retenção de carbono em áreas de conservação e restauração.
Estimativa de capturar mais de 34 mil toneladas de carbono
Já o projeto De Olho nos Rios, da Associação Mata Ciliar, associa recuperação ambiental e produção agroflorestal nas bacias hidrográficas dos rios Atibaia e Jaguari, importantes mananciais para o Sistema Cantareira, que abastece grande parte de São Paulo e região metropolitana. As ações do projeto envolvem restauração florestal com plantio de matas ciliares e módulos agroflorestais, incentivando a gestão participativa de pequenos e médios produtores rurais e contribuindo também para a geração de trabalho e renda nas áreas atendidas pelo projeto.
Para isso, atua nas frentes de capacitação ambiental, plantio e distribuição de mudas para recomposição de matas ciliares, e manejo e conservação de Áreas de Proteção Ambiental (APAs) com foco na implantação de sistemas alternativos de agricultura e técnicas de controle de erosão no solo. O objetivo é recuperar mais de 72 hectares, com estimativa de capturar cerca de 34.500 toneladas de CO2.
Preservação de rios e manguezais
Em Cubatão (SP), o projeto Guará Vermelho, desenvolvido pelo Nudaer (Núcleo de Defesa Ambiental e Educacional entre Rios), tem o objetivo de promover a recuperação, conservação e preservação dos rios Cubatão e Casqueiro, incluindo alguns de seus afluentes.
Este Projeto atuará na frente de restauração florestal com plantio de 400 mudas em áreas degradadas de Cubatão, na instalação de ecobarreiras no rio Casqueiro e mutirões de limpeza e retirada de lixo acumulado nas margens dos rios. Ao mesmo tempo, também investirá na sensibilização e educação ambiental das comunidades locais, com expectativa de alcançar 700 pessoas, incluindo ações educativas específicas para 150 crianças de 4 a 5 anos matriculadas na rede municipal de ensino.
A ave símbolo do projeto, o guará-vermelho, será objeto de pesquisas e monitoramento de sua população na região.
Recuperação e educação ambiental no Paraná
No litoral do Paraná, o projeto Olha o Clima, Litoral tem seu foco nos impactos das mudanças climáticas sobre ecossistemas litorâneos, como os manguezais e marismas (ecossistemas de vegetação herbácea em áreas alagadas pelas marés), essenciais para o equilíbrio do bioma oceânico e ameaçados pelo aumento do nível dos mares. Desenvolvido pelo Mater Natura - Instituto de Estudos Ambientais, o projeto abrange ações de recuperação e educação ambiental nos sete municípios litorâneos do Paraná.
O projeto atuará no combate às braquiárias-d’água, espécie exótica invasora que ameaça os manguezais e brejos salinos na Baía de Antonina (PR), com ações de manejo numa área de seis hectares. Como essas plantas prejudicam o desenvolvimento das espécies nativas, sua retirada é fundamental para a conservação destes ambientes e sua biota, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como a ave bicudinho-do-brejo, e será potencializado com ações de engajamento das comunidades de pescadores artesanais da região.
O projeto também procura identificar as vulnerabilidades às mudanças climáticas dos ecossistemas naturais costeiros e das populações que dependem deles. Para isto, serão feitos modelos das alterações causadas pelas mudanças climáticas na região, mapeando e classificando o litoral paranaense quanto ao nível de vulnerabilidade e buscando desenvolver planos de adaptação. Com base nesse mapeamento, o projeto, irá formular, junto com diferentes atores da sociedade, um arcabouço de estratégias de adaptação baseadas em ações de conservação de manguezais e ecossistemas associados.
Restauração da biodiversidade
Além desses, o projeto Guapiaçu, realizado pelo Instituto de Ação Socioambiental, que integra a Rede de Conservação Águas da Guanabara ( REDAGUA), foi renovado e entrou em sua quarta fase, estendendo sua expertise para outras áreas de preservação nos municípios de Cachoeiras de Macacu, Itaboraí, Maricá e Magé (RJ). Em sua nova edição, o Guapiaçu combina ações de restauração, monitoramento de biodiversidade e reintrodução de fauna nativa, além de educação ambiental, integrando jovens, mulheres, pessoas com deficiência e outros públicos residentes nas comunidades atendidas.
A recuperação do ecossistema deve ser monitorada para avaliação do estoque de Carbono e da recuperação da funcionalidade florestal, por meio de mapeamento de áreas para restauração. Também haverá ações de reintrodução de espécies da fauna nativa, como a anta, e o monitoramento de espécies nativas como onças-pardas, pacas e macacos muriquis, que servem de indicadores de qualidade do ambiente.
Entre 2013 e 2021, o Guapiaçu teve resultados expressivos com o patrocínio da Petrobras, como a restauração de 261 hectares de mata atlântica, somando mais de 180 mil mudas plantadas, e a reintrodução com sucesso de antas na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) e Parque Estadual dos Três Picos (PETP), em Cachoeiras de Macacu. O projeto também se destacou em ações de educação ambiental, como formação de monitores ambientais, atividades com alunos de Ensino Médio e construção de trilha adaptada para pessoas com deficiência.
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