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Petrobras e BNDES destinam R$ 42 milhões a projetos de restauração ecológica no Cerrado e Pantanal
Iniciativa Floresta Viva abre inscrições para projetos em corredores de biodiversidade na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais
Foto: Agência Petrobras
Projetos implementam ações em corredores de biodiversidade que unem fragmentos florestais remanescentes de vegetação nativa.
Download Projetos implementam ações em corredores de biodiversidade que unem fragmentos florestais remanescentes de vegetação nativa.O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras lançaram, neste sábado (9), durante a COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o novo edital da iniciativa Floresta Viva para apoiar projetos de restauração ecológica para conservação dos biomas Cerrado e Pantanal, abrangendo os estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Serão destinados R$ 42 milhões para até 9 projetos que implementem ações em corredores de biodiversidade que unem fragmentos florestais remanescentes de vegetação nativa, proporcionando o deslocamento de animais e a dispersão de espécies vegetais pela propagação de sementes.
Os projetos terão prazo de execução de até quatro anos e devem propor ações de restauração em áreas de, no mínimo, 200 hectares, sem que sejam necessariamente contínuas, localizadas em qualquer parte desses dez corredores de biodiversidade no Cerrado e no Pantanal: 1) Bacia do rio Jauru, 2) Chapada dos Guimarães, 3) Emas-Taquari, 4) Figueirão-Rio Negro-Jaraguari, 5) Miranda-Bodoquena, 6) Veadeiros-Pouso Alto-Kalungas, 7) RIDE DF-Paranaíba-Abaeté, 8) Serra da Canastra, 9) Sertão Veredas-Peruaçu e 10) Serra do Espinhaço. A iniciativa Floresta Viva prevê a originação de créditos de carbono, ampliando os benefícios do projeto.
“Com a nossa participação no Floresta Viva, reforçamos nosso compromisso com a transição energética justa, incluindo iniciativas socioambientais que contribuem para a conservação do meio ambiente e a mitigação de emissões de gases do efeito estufa. Recentemente selecionamos por meio do Floresta Viva 8 projetos que vão ter investimento de mais de R$ 47 milhões para ações de recuperação em manguezais. Agora, ampliamos nossa atuação para dois dos biomas mais ameaçados no Brasil, o Cerrado e o Pantanal, contribuindo para transformar nosso investimento em retorno socioambiental para o País, com benefícios para a segurança hídrica, a biodiversidade e o clima”, declara Jean-Paul Prates, presidente da Petrobras.
"O BNDES está apostando na restauração ecológica dos biomas brasileiros como uma das formas mais eficientes e econômicas do país responder à crise climática extrema, além de todo o seu impacto socioeconômico e de conservação da biodiversidade. O Floresta Viva é um caso de sucesso, que já inspirou outras iniciativas, como o recém lançado Arco de Restauração da Amazônia, uma iniciativa construída pelo BNDES, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), que destinará R$ 1 bilhão para a reconstrução da floresta”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
"O trabalho do Floresta Viva na restauração ecológica em corredores de biodiversidade para conservação dos biomas Cerrado e Pantanal é fundamental para o Brasil garantir que sua biodiversidade seja protegida e contribua para o equilíbrio climático. É parte da missão do FUNBIO trabalhar em rede para que os benefícios socioambientais da restauração ecológica impactem local, nacional e globalmente toda a população", disse Rosa Lemos de Sá, secretária-geral do FUNBIO.
O Cerrado é um dos biomas com a maior biodiversidade do planeta, abrigando 5% de todas as espécies no mundo e 30% das espécies do país – muitas delas endêmicas, que só existem nesse ambiente. É também um dos biomas mais ameaçados pelo desmatamento: cerca de 30% de toda a área desmatada no Brasil em 2022 foi em regiões de Cerrado. Reconhecido como o “berço das águas”, por abrigar as cabeceiras de alguns dos maiores rios brasileiros, o Cerrado tem uma relação próxima com o Pantanal, pois é onde nasce o Rio Paraguai, que abastece a planície inundada pantaneira. Assim como o Cerrado, o Pantanal também apresenta uma rica biodiversidade, com mais de 4.700 espécies catalogadas, e encontra-se ameaçado sobretudo pelo desmatamento e pelas queimadas.
Os projetos participantes da seleção pública deverão ser propostos por instituições sem fins lucrativos, como associações civis, fundações privadas ou cooperativas. Mais informações sobre o edital podem ser obtidas no Portal de Chamadas do FUNBIO em: https://preprod-chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-corredores-de-biodiversidade
A gestão operacional e a condução do edital serão realizadas pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que tem por objetivo catalisar ações estratégicas voltadas para a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica no Brasil.
Sobre o Floresta Viva
A iniciativa Floresta Viva foi desenvolvida pelo BNDES e conta com 20 apoiadores, entre empresas privadas e governos.
Estão sendo mobilizados cerca de R$ 100 milhões do BNDES e da Petrobras para fomentar iniciativas de restauração ecológica em biomas brasileiros, contribuindo para a preservação da biodiversidade, a disponibilidade de recursos hídricos, a remoção de dióxido de carbono da atmosfera, a geração de empregos e renda, dentre outros benefícios socioambientais.
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