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Petrobras informa sobre investimentos em refino e petroquímica no Rio de Janeiro
Bruno Castro
Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ)
Download Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ)A Petrobras informa que estão previstos investimentos de cerca de R$ 33 bilhões em projetos de refino e petroquímica no Rio de Janeiro, sendo R$ 29 bilhões de Capex da Petrobras e R$ 4 bilhões de outro projeto que atua em sinergia com os ativos da Petrobras.
A implementação dos projetos de integração do Complexo de Energias Boaventura (Itaboraí – RJ) com a Reduc (Duque de Caxias – RJ) tem investimento estimado em R$ 26 bilhões. Este valor está previsto no Plano de Negócios 2025-2029 (PN 2025-2029) e os pacotes de serviços para os projetos estão atualmente em processo de licitação.
Esta nova estrutura ampliará a produção de diesel S-10 em 76 mil barris por dia (bpd), sendo 56 mil provenientes da troca de qualidade e 20 mil em capacidade adicional. O projeto também prevê um aumento da capacidade de produção de querosene de aviação (QAV) em 20 mil bpd e de lubrificantes grupo II em 12 mil bpd.
Também estão contempladas uma planta dedicada de BioQAV no Complexo Boaventura, com capacidade de produção de 19 mil bpd de combustíveis renováveis (Hydrotreated Vegetable Oil – HVO e Sustainable Aviation Fuel - SAF); e duas termelétricas a gás, no Complexo Boaventura, para participação nos leilões de reserva de capacidade. O projeto de engenharia das termelétricas foi aprovado e as unidades aproveitarão as sinergias com a infraestrutura da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Itaboraí.
Ainda está em estudo um projeto de rerrefino de lubrificantes da Reduc, com capacidade de 30 mil m³/mês (6,3 mil bpd). Com a operação do Complexo Boaventura para a produção de lubrificantes grupo II, a Reduc poderá converter unidades existentes para rerrefinar óleos usados, aplicando o conceito de economia circular para gerar produtos de alto valor a partir de resíduos. O teste de coprocessamento já foi autorizado pela ANP e está previsto para ocorrer ainda este ano.
Descarbonização na Reduc
A Reduc concluiu com sucesso o teste de produção do primeiro combustível de aviação com conteúdo renovável (SAF) por coprocessamento, alcançando até 1,2% de óleo de milho na fabricação do QAV. A autorização pela ANP já foi emitida e a produção comercial na Reduc terá início nos próximos meses, com capacidade de até 50 mil m³/mês (10 mil bpd).
A Reduc já produz Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável, e recebeu a autorização da ANP para iniciar os testes com o novo teor de 7% para produção do Diesel R7. Essas iniciativas reforçam o compromisso da Petrobras com a descarbonização de seus produtos e a transição energética justa.
Com foco em modernização e eficiência energética, a Petrobras prevê a construção de uma nova central termoelétrica na Reduc, substituindo equipamentos obsoletos de geração de vapor e energia elétrica, com um investimento previsto de R$ 860 milhões, elevando a confiabilidade e posicionando a refinaria nos melhores padrões internacionais de eficiência.
Também estão planejados investimentos de até R$ 2,4 bilhões em paradas de manutenção da Reduc no período de 2025 a 2029, para garantir a integridade, a confiabilidade e a segurança das instalações. Em 2026, serão realizadas importantes paradas nas unidades de coqueamento retardado e de hidrotratamento da refinaria.
Petroquímica
Na área da petroquímica, está em estudo a oportunidade de produção de ácido acético e monoetilenoglicol (MEG) no Complexo Boaventura. O ácido acético é um importante insumo para produção de tintas, PET e para indústria química em geral. O Brasil importa toda a demanda de ácido acético e complementa por importação a demanda de MEG.
Além dos projetos da Petrobras na região, os investimentos da Braskem, coligada da Petrobras, incluem a expansão da sua planta de polietileno, que elevará a capacidade produtiva da unidade em até 230 mil toneladas por ano. O projeto, que utiliza parte do gás natural processado na Rota 3 do Complexo Boaventura, está orçado em cerca de R$ 4 bilhões, ainda sujeito às necessárias aprovações pela governança da Braskem.
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