Petrobras assina contratos do Projeto Refino Boaventura e para novas embarcações de apoio a sistemas submarinos

Investimentos em refino e em logística offshore viabilizam importantes projetos e estimulam a indústria naval brasileira

Postado em 06/10/2025

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A Petrobras concluiu, na sexta-feira (3/10), a assinatura de cinco contratos de serviços para a construção das unidades que compõem o Projeto Refino Boaventura, marco na modernização do parque de refino da companhia. No total, os contratos totalizam R$ 9,6 bilhões e preveem a construção de duas unidades inéditas em refinarias da Petrobras: a Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), para produção de lubrificantes de Grupo II; e o Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), produtor de diesel S-10 e QAV.
 
O projeto propiciará a integração entre a Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí (RJ), ampliando a produção de derivados de maior valor agregado e baixo teor de enxofre, como diesel S-10 e lubrificantes de Grupo II - aumentando a oferta de produtos mais sustentáveis, alinhada à estratégia de transição energética da companhia.
 
Com o Projeto Refino Boaventura, a Petrobras expandirá significativamente sua capacidade de refino no estado do Rio de Janeiro, com incremento de 76 mil barris/dia de diesel S-10, 20 mil barris/dia de Querosene de Aviação (QAV) e 12 mil barris/dia de lubrificantes Grupo II, que possuem baixo teor de enxofre e melhor desempenho e durabilidade em diversas aplicações automotivas e industriais. O projeto deverá gerar cerca de 15 mil empregos diretos no pico da obra.

Novas embarcações reforçam operações submarinas e indústria naval

A Petrobras também formalizou o afretamento de quatro embarcações do tipo RSV (ROV Support Vessel), destinadas ao apoio de operações submarinas, em contratos que somam R$ 10,2 bilhões.
 
A contratação das embarcações foi realizada por processo licitatório iniciado em outubro de 2024. As unidades serão construídas no estaleiro Navship, em Navegantes (SC), com previsão de entrega entre 2029 e 2030.
 
O projeto requer no mínimo 40% de conteúdo local na fase de construção e 60% na operação, porém a BRAM, empresa contratada para o afretamento, planeja contribuir com o projeto com conteúdo local estimado de até 80% na construção e até 90% na operação.
 
Estes contratos fortalecem a cadeia de fornecedores nacionais, ampliando a participação da indústria brasileira na execução e manutenção das embarcações. Ao todo, deverão ser gerados mais de 1.500 empregos diretos e 5.400 mil indiretos entre as fases de obras e operação.

Embarcações

As embarcações do tipo RSVs atuarão na inspeção, manutenção e instalação de sistemas submarinos com uso de veículos operados remotamente (ROVs), reforçando a eficiência e a segurança operacional da companhia.
 
As novas embarcações também trarão soluções inovadoras nos sistemas de propulsão, com tecnologia de geração híbrida, além da possibilidade de operar com consumo de etanol. As tecnologias contribuem para reduzir as emissões de poluentes e o consumo de combustível, com ganhos de eficiência superiores a 30%.

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