Petrobras registra forte geração de caixa e queda no endividamento no 2º trimestre de 2024

Dívida bruta da companhia teve queda de US$ 2,2 bilhões no período

Postado em 08/08/2024

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A Petrobras teve forte geração de caixa no segundo trimestre de 2024, registrando Fluxo de Caixa Operacional (FCO) de R$ 47,2 bilhões, superior ao observado no primeiro trimestre do ano. O FCO é um indicador da capacidade da companhia de gerar recursos a partir de suas operações regulares e é um relevante índice para avaliação do desempenho de uma empresa. No mesmo período, a dívida bruta da Petrobras apresentou queda de cerca de US$ 2,2 bilhões, o equivalente a 3,6%, em comparação ao trimestre anterior, atingindo US$ 59,6 bilhões. A dívida financeira diminuiu cerca de US$ 1,4 bilhão, o equivalente a 5,1%, para US$ 26,3 bilhões, o menor nível desde 2008. Os dados são alguns dos destaques dos Resultados Financeiros do segundo trimestre de 2024, divulgados na noite desta quinta-feira (8/6).

“Os resultados operacionais foram sólidos e ocorreram dentro do esperado. Eventos não recorrentes, como o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, que trouxe vantagens expressivas para a empresa e para a União, e a marcante volatilidade cambial no período, sem efeito no caixa nem no patrimônio da companhia, impactaram a contabilidade interna da empresa, afetando também o resultado do trimestre. Apresentamos uma relevante geração de caixa, que demonstra o quanto de valor podemos gerar com nossas operações. Registramos nível de endividamento controlado, em um patamar alinhado ao previsto no nosso Plano Estratégico. Com bom fluxo de caixa e dívida baixa, estamos investindo na nossa produção de petróleo, gás e derivados, na reposição de reservas e na transição energética, de modo a garantir a sustentabilidade da Petrobras no longo prazo. Nossa maior prioridade é construir o caminho para que a Petrobras das próximas décadas continue sendo tão ou mais relevante quanto a Petrobras de hoje para o Brasil”, destacou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

A companhia registrou EBITDA ajustado de R$ 49,7 bilhões. Esse indicador representa o lucro obtido antes do pagamento de juros, impostos e do cálculo de depreciações e amortizações. O lucro sem eventos exclusivos do período foi de R$ 28 bilhões.

O resultado líquido da companhia no 2º trimestre de 2024 foi negativo em R$ 2,6 bilhões, devido a eventos exclusivos ocorridos no 2T24 que impactaram o resultado contábil, mas com efeito residual no caixa. O principal item é a adesão da Petrobras, em junho de 2024, ao edital de contencioso tributário, que possibilitou o encerramento de relevantes disputas judiciais envolvendo afretamentos de embarcações ou plataformas e seus respectivos contratos de prestação de serviços. O acordo trouxe previsibilidade para o dispêndio de recursos pela companhia e evitou custos financeiros com a manutenção de garantias judiciais e outras despesas processuais. A variação cambial Real X Dólar também foi expressiva no último trimestre (O Real desvalorizou 11,2% no 2T24, em comparação, por exemplo, à desvalorização de 3,2% no 1T24) e impactou o resultado contábil devido principalmente a obrigações em dólar entre empresas do Sistema Petrobras, mas sem afetar o caixa da companhia. Com efeito positivo, houve reversão da perda por impairment da Araucária Nitrogenados S.A., no valor de R$ 201 milhões, refletindo a aprovação da reativação da fábrica de fertilizantes.

Investimentos

A Petrobras realizou investimentos significativos no 2º trimestre, totalizando US$ 3,4 bilhões, com foco principalmente em grandes projetos do pré-sal.  Nos primeiros seis meses do ano, os investimentos somaram US$ 6,4 bilhões, representando um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da Petrobras do 2T24 aumentou 4% em relação ao trimestre anterior, refletindo o aumento de 10% nas receitas de exportação de petróleo, beneficiadas pela valorização do Brent.

As operações da Petrobras seguem contribuindo fortemente para a sociedade brasileira. No 2º trimestre de 2024, a Petrobras pagou R$ 70 bilhões em tributos aos diversos entes federativos (União, estados e municípios), 24% a mais do que o 2T23. Além disso, foram pagos R$ 14 bilhões em dividendos ao grupo de controle (União), totalizando expressivos R$ 84 bilhões de retorno direto a sociedade referentes somente ao segundo semestre.

Destaques operacionais

A Petrobras obteve produção média de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no 2T24, em linha com o previsto no Plano Estratégico 2024 – 2028+. Desse volume, 81% é oriundo do pré-sal.

O FPSO Marechal Duque de Caxias chegou ao Brasil e teve sua ancoragem no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos, concluída no último trimestre. A plataforma, que será o terceiro sistema definitivo de produção do campo, está prevista para entrar em operação no segundo semestre deste ano.  O FPSO Maria Quitéria teve sua entrada em produção adiantada para o último trimestre de 2024. A plataforma chegou ao Brasil. O FPSO irá operar no campo de Jubarte, localizado no pré-sal da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo, e possui tecnologias para descarbonização, como o ciclo combinado na geração de energia e Flare Gas Recovery Unit - FGRU (flare fechado).

Também foram assinados no período os contratos para construção dos FPSOs All Eletric P-84, em Atapu, e P-85, em Sépia, com capacidade de produzir 225 mil barris por dia de petróleo.

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino se manteve em um patamar elevado, de 91% no 2T24, mesmo considerando as paradas programadas realizadas em diversas refinarias (Replan, Reduc, Recap, Revap e Regap). A participação de petróleo do pré-sal nas cargas das refinarias alcançou índice trimestral recorde, de 69%, favorecendo a produção de derivados de maior valor agregado e a diminuição de emissões.

No 2T24, foram celebrados e aditados contratos de fornecimento de gás natural com volume aproximado de 940mil m³/d na modalidade de consumidor livre. Foram celebrados também aditivos aos contratos de fornecimento com seis distribuidoras, para inclusão do mecanismo de prêmio por performance com redução de preços a partir de consumo a maior pelos clientes, mecanismo criado para dar mais competitividade à Petrobras frente a concorrência.

Confira a íntegra do Relatório de Desempenho Financeiro do 2º Trimestre de 2024 aqui.

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