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Petrobras realiza voo pioneiro no Brasil com aeronave remotamente pilotada
Foi a maior distância percorrida por aeronave do tipo na aviação civil
Cezar Fernandes/ Agência Petrobras
Primeiro voo foi realizado no litoral fluminense
Download Primeiro voo foi realizado no litoral fluminenseA Petrobras foi protagonista de um marco para a aviação civil brasileira. O primeiro voo de longo alcance com uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA), realizado em julho, percorreu cerca de 180 quilômetros entre a base da Petrobras em Imbetiba (Macaé, RJ) e a plataforma P-51 (Bacia de Campos, litoral Fluminense). O feito foi celebrado em uma reunião solene, realizada na sede da Petrobras, na quarta-feira (03/07), no Rio de Janeiro, com a presença de convidados da Força Aérea Brasileira (FAB), da NAV Brasil, da ANAC e da Omni Táxi Aéreo.
A operação, ainda em fase de testes, foi possível devido ao trabalho colaborativo entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), a NAV Brasil e a OMNI Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore. A expectativa é que os testes viabilizem voos de longo alcance entre o continente e plataformas, permitindo uma série de aplicações com essa tecnologia.
Um feito na logística aérea não tripulada
Os objetivos do voo, classificado como BVLOS (Beyond Visual Line of Sight) ou além do alcance visual, foram testar a implantação do transporte para conduzir cargas de até 50 kg; agregar valor à logística do transporte aéreo offshore; reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço com outras aeronaves; definindo melhores rotas, altitudes, procedimentos de subida e descida. Esse tipo de tecnologia também tem o potencial de reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.
Perspectivas de implantação
Desde 2018, a Petrobras tem desenvolvido iniciativas com a tecnologia de drones. Já são usados esses equipamentos para a inspeção de flares, pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição humana a riscos.
O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, destaca os benefícios da operação: "Foi uma conquista resultado de trabalho em equipe que uniu Petrobras, iniciativa privada e autoridades governamentais para superar os desafios de aumentar a segurança das pessoas, reduzindo a exposição ao risco, já que as aeronaves são remotamente pilotadas. Além disso, a iniciativa avança na descarbonização, pois as RPAs geram menos emissões que os helicópteros, agilizando operações e ampliando o período de atendimento logístico das demandas, já que as missões poderão ser realizadas no período noturno".
Agora, após concluídos os recentes testes com a tecnologia RPA, inicia-se a análise dos dados gerados, o que deve ser finalizado ainda no segundo semestre deste ano. Serão simulados outros voos com aeronaves no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, o procedimento será implantado na Petrobras.
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