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Petrobras e Embrapa assinam cooperação para pesquisas em produtos de baixo carbono e fertilizantes
Parceria prevê estudos de matérias-primas renováveis, como a soja e a macaúba, visando à produção de biocombustíveis e o desenvolvimento de novos produtos fertilizantes
Agência Petrobras
A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, visitou o Centro de Pesquisas da Petrobras e foi recebida pela gerente executiva Maiza Goulart
Download A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, visitou o Centro de Pesquisas da Petrobras e foi recebida pela gerente executiva Maiza GoulartA Petrobras e a Embrapa assinaram, nesta sexta-feira (6/9), Termo de Cooperação (TC) para desenvolver estudos técnicos em matérias-primas renováveis para obtenção de produtos de baixo carbono, incluindo biocombustíveis, química verde e fertilizantes.
A parceria envolve o desenvolvimento pela Petrobras de soluções tecnológicas e a implantação de unidades industriais para produção de biocombustíveis e bioprodutos. Em contrapartida, a Embrapa desenvolve um protocolo de culturas agrícolas de baixo carbono, como a soja, envolvendo técnicas agrícolas racionais, como o protocolo de certificação desta cultura.
O termo de cooperação também inclui o desenvolvimento de culturas alternativas à soja, como macaúba, culturas de entressafra e consorciadas, como o milho safrinha, carinata (espécie de oleaginosa), entre outras opções que refletem o leque de opções para agroenergia nos diferentes biomas e sistemas de produção do país.
“A diversificação e o acesso a matérias-primas com sustentabilidade, qualidade e custo adequados são fundamentais para o sucesso dessas iniciativas, como os biocombustíveis. Além disso, a companhia tem interesse em ofertar produtos fertilizantes para aumentar a disponibilidade no mercado nacional, bem como atender as metas do Plano Nacional de Fertilizantes. A Embrapa possui expertise necessária para ajudar a alavancar todas essas frentes”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
“Para a Embrapa, a retomada da parceria com a Petrobras é estratégica para potencializar suas contribuições para os produtores rurais e para políticas públicas nacionais e internacionais, principalmente em bioeconomia e desenvolvimento sustentável”, declarou Silvia Massruhá, presidente da empresa. Ela lembrou que, em 2023, o Brasil atingiu a marca de 100 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOS) emitidos, o que resultará em até R$1,2 trilhão de reais, entre investimentos e economia nos próximos dez anos. “Isso foi possível graças à Renovacalc, ferramenta desenvolvida pela Embrapa e fundamental na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), conduzida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)”, relatou Massruhá.
Fertilizantes: fomento a novos produtos
Em relação ao setor de fertilizantes, o objetivo é fomentar o desenvolvimento de novos produtos e sua inserção no mercado do agronegócio, entre esses pode-se destacar novos fertilizantes com base em ureia de maior valor agregado, fertilizantes mistos, adubos com granulometria diferenciada e novos insumos sustentáveis com menor impacto ambiental. Essas iniciativas visam pavimentar a retomada do negócio pela Petrobras e preparar a empresa para um futuro de descarbonização. A Embrapa é uma parceira importante tanto no desenvolvimento quanto na comprovação da eficiência agronômica desses produtos, com isso espera-se viabilizar a oferta e o uso pelos agricultores dessas inovações, propiciando fertilizantes adaptados às culturas e solos do país, que permitirão safras com maior produtividade para o Brasil.
“Fazem parte dessa parceria temas como o biometano e biogás, no contexto do Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária bem como a formação de redes de pesquisa e desenvolvimento em matérias-primas mais sustentáveis”, revelou Silvia Massruhá.
“Acreditamos que os dados técnicos e científicos serão de extrema importância no desenvolvimento de novos produtos para o mercado de fertilizantes. A Petrobras está empenhada em desenvolver novas soluções para atender esse setor tão estratégico para o Brasil”, afirmou Chambriard.
O investimento em fertilizantes voltou a fazer parte do portfólio da Petrobras, conforme o Plano Estratégico (PE) 2024-2028. A empresa anunciou em agosto, a retomada das atividades da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A. (ANSA), em Araucária (PR), e com isso dá início à sua operação para produção de ureia, ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo) e Amônia em território nacional já no primeiro semestre de 2025.
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