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Petrobras participa da COP 28 em Dubai
Agenda do presidente da companhia e diretores prevê reuniões e painéis no evento
Foto: Divulgação
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite, na COP 28
Download O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite, na COP 28O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim, e o diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Leite, lideram a comitiva da companhia que vai participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes, que começa nesta quinta-feira (30) e segue até 12 de dezembro.
“É fundamental participar da COP 28 porque a emergência climática já está acontecendo no Brasil e no mundo. O Acordo de Paris precisa ser posto em prática por todos os países signatários. Além disso, a Petrobras quer liderar a transição energética justa, meta que consta no Plano Estratégico para o período 2024-2028+, e, aqui, temos a oportunidade de discutir modelos sustentáveis, com uso de tecnologia e inovação, fazer parcerias para pensarmos em soluções que mitiguem as mudanças climáticas e protejam o meio ambiente e as pessoas, gerando emprego, renda e desenvolvimento para o país”, afirmou o presidente Jean Paul Prates.
O diretor Sérgio Leite participará das agendas em conjunto com o presidente Prates. Entre compromissos, estão: painéis no Espaço da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre transição energética justa e mercados voluntários de carbono; painéis do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em conjunto com a Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), também sobre a transição energética e o mercado empresarial brasileiro; eventos da COP 28, como a abertura da Cúpula e o Dia da Energia; painel do Oil and Gas Climate Initiative (OGCI) sobre descarbonização de petróleo e gás; e reuniões com outras organizações e países.
O diretor Tolmasquim falará em dois painéis: o primeiro, com o nome “Mercado Voluntário de Carbono no Brasil: O papel do mercado de carbono no financiamento de serviços ambientais sistêmicos dos ecossistemas brasileiros e o papel das soluções baseadas na natureza (NBS) na trajetória de descarbonização do país”, no espaço da CNI; e, o segundo, chamado “Do desafio à solução: Principais resultados e ações em curso para descarbonização do setor de O&G no Brasil e contribuições para o setor de transportes”, no Pavilhão Brasil.
“Esta edição é importante porque é a primeira que fará um balanço estruturado do Acordo de Paris, além de identificar quem chegou lá, quem não chegou, e onde estamos. Outro elemento importante: vai ser discutida intensamente a questão de financiamento para os países em desenvolvimento. E, para nós, brasileiros, há duas questões fundamentais: o Brasil tem uma das metas mais arrojadas do mundo em descarbonização, nós estamos propondo descarbonizar quase 50% da nossa matriz em relação a 2005; e, ano que vem, nós sediaremos a próxima Conferência do Clima”, analisou.
O Plano Estratégico 2024-2028+ da Petrobras, divulgado na última quinta-feira (23), destinará US$ 11,5 bilhões para projetos de baixo carbono nos próximos cinco anos, mais que o dobro do plano anterior. São incluídos iniciativas e projetos de descarbonização das operações assim como o desenvolvimento e amadurecimento de negócios no segmento de energias de baixo carbono, com destaque para biorrefino; eólicas; solar; captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e hidrogênio.
Em média, o investimento em baixo carbono representa 11% do investimento total da Petrobras no PE 2024-2028+, indicando avanço na posição atual da companhia em relação aos seus pares de mercado. A previsão é que o investimento em baixo carbono ganhe espaço gradualmente no portfólio da empresa ao longo do período, chegando a 16% em 2028.
Acordo de Paris
O Acordo de Paris, tratado climático histórico criado em 2015 (na COP 21), estabeleceu metas para países signatários limitarem o aquecimento global a 1,5 graus Celsius, com a redução das emissões de gases dos efeitos estufa, acima dos níveis pré-industriais e evitar um desastre climática global.
O Brasil se comprometeu a reduzir as emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030. O País também reforçou o compromisso de atingir as emissões líquidas neutras até 2050. Isso significa que todas as emissões serão compensadas com fontes de captura de carbono (reflorestamento, recuperação de biomas etc.). A COP 28 é a primeira que revisará as metas do Acordo.
COP 28
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP) ocorre anualmente desde 1995 e tem por objetivo reunir países para discutir e elaborar ações para o enfrentamento das mudanças climáticas.
Irão participar da COP 28, 140 chefes de Estado, até 80 mil delegados e 3 mil entidades credenciadas. O Brasil conta com participação integrada da sociedade civil, governo federal, Congresso Nacional e empresas privadas. Além da presença do presidente Lula, 15 ministros e cerca de 1.700 de delegados estão no encontro.
O evento possui sete eixos temáticos: Ação Climática (GST); Saúde, Assistência e Paz; Finanças, Comércio e Equidade; Energia, Indústria e Transição Justa; Juventude, Crianças e Educação; Natureza, Uso da Terra e Oceanos; e Alimentos, Agricultura e Água.
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