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Petrobras e Curtiss-Wright firmam parceria para novo sistema de bombeamento submarino visando maior confiabilidade e lucratividade
Tecnologia será testada na Bacia de Campos e pode estar disponível no mercado em 2028
Tais Peyneau / Agência Petrobras
P-57 operando no Campo de Jubarte
Download P-57 operando no Campo de JubarteVisando aumentar a eficiência e a segurança de atividades do setor de óleo e gás em águas profundas, a Petrobras e a Curtiss-Wright (NYSC: CW) firmaram um acordo de cooperação tecnológica para desenvolvimento de um sistema de bombeamento submarino totalmente elétrico de alta confiabilidade e menos dependente da plataforma de produção. O novo equipamento produzido a partir da parceria permitirá reduzir os custos com embarcações, possibilitará a produção através de longas tubulações submarinas conectando a plataforma ao poço, e auxiliará na revitalização de campos maduros. Sendo bem-sucedidos os testes do protótipo, previstos para começar em 2026 nos campos de Jubarte e de Espadarte, na Bacia de Campos, a expectativa é que esteja disponível no mercado a partir de 2028.
O sistema desenvolvido pela Petrobras e a Curtiss-Wright será utilizado para bombear misturas de petróleo e gás não processadas em profundidades de até 1.500 metros de água. O equipamento utilizará motores hermeticamente selados, que são mais confiáveis e eficazes do que os modelos de selagem mecânica atualmente utilizados, e reduzirá as interrupções não planejadas e consequentes perdas de produção. A parceria combina o know-how da companhia brasileira em escoamento de petróleo e gás em águas profundas, acumulado ao longo de décadas de explotação no mar, com a experiência da empresa norte-americana, que é referência na fabricação de motores elétricos hermeticamente selados para aplicações de bombeamento intenso.
“A cooperação estratégica entre Petrobras e Curtiss-Wright simboliza a complementariedade de domínios de tecnologias e conhecimentos de duas empresas sólidas e reconhecidas em suas áreas. O sucesso desse novo projeto trará impactos positivos para toda a indústria de óleo e gás, abrindo novas e otimizadas oportunidades de produção. A parceria reforça o compromisso da Petrobras de buscar inovação e desenvolvimento tecnológico, visando o aprimoramento contínuo das nossas atividades”, destacou o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos.
"Estamos entusiasmados em colaborar com um usuário final líder e experiente em sistemas de bombeamento de fundo de poço e aumento de pressão em leito marinho. Esses esforços conjuntos nos permitirão aplicar nossa comprovada expertise em tecnologia de motores encapsulados a esse mercado adjacente, possibilitando assim um sistema de produção submarino totalmente elétrico, ao mesmo tempo em que oferecemos uma oportunidade de trazer grande valor à Petrobras", disse a presidente e CEO da Curtiss-Wright, Lynn M. Bamford.
Sistema de bombeamento
Em sistemas de bombeamento usados para produção de petróleo e gás natural, as máquinas bombeadoras têm a função de aumentar a energia e pressão sobre o fluido do reservatório para que ele consiga subir até a plataforma de produção com um fluxo maior em comparação com aqueles sem essa energia a mais.
As bombas disponíveis no mercado atualmente para esse desempenho têm uma vida útil média de cerca de três anos, e, ao fim desse prazo, cada troca gera custos de até US$ 70 milhões. A expectativa é que a nova tecnologia apresente no mínimo o dobro de durabilidade, de pelo menos seis anos, reduzindo custos e aumentando a confiabilidade.
“O novo sistema de bombeamento é pioneiro no mercado. Já há motores similares, inclusive da própria Curtiss-Wright, mas esse poderá ser o primeiro a receber fluido como o petróleo sem vedação no leito marinho. A Petrobras tem orgulho em participar do desenvolvimento de uma tecnologia como essa, que nos permitirá operar melhor e com mais lucratividade”, apontou o diretor Travassos.
Os especialistas da Petrobras e da Curtiss-Wright já estudam também uma evolução do protótipo em desenvolvimento, com potência até cinco vezes maior. Essa versão mais avançada terá vida útil mínima de dez anos, e uma mesma máquina poderá bombear dois poços ou mais simultaneamente, gerando redução de custos e aumentando a produtividade.
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